Édison Carlos, presidente do Instituto Aegea, falou sobre a importância da gestão eficaz da água e os desafios do saneamento básico no Brasil.

Nesta semana, a Aegea, companhia líder em saneamento privado no Brasil, marcou presença no painel “Água: matéria prima fundamental”, realizado pela revista Exame em um especial para o mês do ESG, o ESG Summit 2023. Participaram do bate-papo Édison Carlos, Presidente do Instituto Aegea, e Patrícia Furtado de Mendonça, Fundadora & CEO da Acqua Mater, onde discutiram sobre uso racional da água, gestão eficaz, os desafios do saneamento no Brasil e marco legal. A mediação foi do jornalista Rodrigo Caetano.

“Apesar de sermos um país com 12% da água doce do planeta, ainda temos cerca de 35 milhões de pessoas que não têm acesso à água potável e perto de 100 milhões sem esgotamento sanitário. O desafio é enorme e precisaremos investir, como país, centenas de bilhões de reais, então é necessário juntar forças e recursos entre todos os setores da sociedade, se quisermos preservar a água e garantir que este direito chegue a todos os brasileiros”, afirma Édison.

A Aegea entende que para garantir o acesso a água tratada e coleta e tratamento de esgoto é necessário a inclusão sanitária, por meio de tarifas que podem ser pagas. Atualmente, mais de 1,7 milhão de pessoas atendidas pela companhia são beneficiadas com a Tarifa Social, instrumento financeiro que permite que o valor da conta caiba na renda das famílias vulneráveis. Em Manaus, já são mais de 550 mil pessoas beneficiadas, o equivalente a 20% da população total do município.

“A Aegea desenvolve um trabalho muito sério nas áreas mais desassistidas do Brasil. O nosso foco principal é nas áreas onde vive a população mais vulnerável, nas favelas do Rio, nas palafitas de Manaus, por exemplo, buscando ampliar o acesso aos serviços de saneamento por meio da Tarifa Social para essas pessoas”, ressalta Édison.

Além dos benefícios socioeconômicos, o acesso à água tratada é um dos motivos cruciais para a queda da taxa de mortalidade por doenças de veiculação hídrica, trazendo melhorias no rendimento escolar, no trabalho e lazer da população. A dengue, por exemplo, é uma das doenças altamente favorecidas pela falta de saneamento. Um reflexo dos avanços dos serviços é a redução de 39% na taxa de internações por doenças de veiculação hídrica na cidade de Serra (ES) desde 2012. Reduções similares ocorreram também em Campo Grande, Manaus e outras cidades.

“As maiores cidades do Brasil são impactadas, terrivelmente, no seu sistema de saúde por doenças de veiculação hídrica. Hoje, a maior parte das internações em hospitais ocorrem em razão desse tipo de doença”, completa.

Assista a transmissão completa da roda de conversa “Água: matéria prima fundamental” no canal oficial da Exame no Youtube.

A terceira edição do Mês do ESG da Exame reuniu, em junho, líderes, especialistas e profissionais renomados para falar sobre as práticas ESG e os temas centrais para o desenvolvimento desta agenda no Brasil e no mundo. O início do mês foi marcado pela premiação “Exame Melhores do ESG 2023”, realizada em parceria com o Ibmec, onde a companhia foi a grande homenageada com o título de “Empresa do Ano” e vencedora na categoria “Saneamento e Meio Ambiente”.