Radamés Casseb comentou sobre cenário atual do setor de saneamento

O CEO da Aegea Saneamento, Radamés Casseb, participou do Panorama Itaúsa, evento da holding de investimentos que compartilha a estratégia de alocação de capital e traz CEOs para debaterem possíveis cenários econômicos em diferentes setores. Realizado no dia 1º de dezembro, o evento foi apresentado por Juliana Rosa e Alfredo Setubal, CEO da Itaúsa, e, além de Radamés, contou com a presença de Waldo Perez, CEO interino da CCR, e Milton Maluhy Filho, CEO do Itaú Unibanco, no painel “Transformando o futuro juntos”.

Casseb apresentou um panorama do saneamento no Brasil e compartilhou os possíveis cenários do setor para 2023 com investidores. “O cenário atual é desafiador. Temos mais de 100 milhões de brasileiros sem coleta de esgoto, 35 milhões sem acesso à água tratada. A demanda de capital para cobrir só a demanda do serviço – sem adicionar aumento de capacidade produtiva, formação de mão de obra, incentivos tarifários – é de R$ 750 bilhões”, apontou.

“Estamos há 12 anos no setor, atuamos em cidades pequenas, médias e grandes, com o maior projeto localizado no Rio de Janeiro, e temos um olhar especial para a inclusão dos vulneráveis. Estamos atentos aos desafios do momento, mas sonhamos em poder contribuir com a universalização do saneamento”, declarou.

Radamés reforçou ainda que os desafios atuais também apontam oportunidades: “Nós vemos um futuro consistente para o setor, assim como para rentabilizar os nossos investidores nessa jornada pela universalização do saneamento – estabelecida pelo Marco Legal para ocorrer nos próximos 10 anos”. Para a Itaúsa, essas oportunidades são consideradas “avenidas de crescimento”.

“Normalmente, as empresas realizam primeiro a cobertura de água dos municípios – e nós resolvemos qualquer deficiência nessa área logo nos primeiros meses dos nossos contratos. A cobertura de esgoto, muitas vezes anteriormente deixada de lado, é onde podemos destravar valor. Nossa jornada de investimentos anuais faz com que, a cada casa com acesso a tratamento de esgoto, receita e performance sejam geradas para a companhia, o que garante que o nosso crescimento sustentável”, explicou Radamés.

O cenário de gaps sanitários e falta de inclusão social cria a necessidade de ativar a economia do país e estimular os investimentos no setor. Assim, vemos programas estruturantes acontecendo em diversos estados para o desenvolvimento do saneamento nessas regiões. Considerando esse cenário, pode ser que o mercado privado dobre de tamanho nos próximos cinco anos e a Aegea espera participar desse processo”, apontou.

O CEO também comentou os esforços do ponto de vista social pela companhia. “Nós vamos além dos contratos. Temos o propósito de desenvolver as cidades onde atuamos e usamos tarifas acessíveis para que populações vulneráveis tenham acesso ao serviço de saneamento”. Em Manaus, por exemplo, onde a Aegea atua por meio de sua concessionária Águas de Manaus, mais de 100 mil famílias de baixa renda são contempladas com a Tarifa Social, que concede desconto no valor da fatura, totalizando mais de 500 mil pessoas atendidas pela tarifa na cidade.

Ao todo, nas concessões da Aegea, mais de 1,5 milhão de pessoas estão incluídas na Tarifa Social, importante instrumento financeiro que permite com que o valor da conta caiba na renda das famílias vulneráveis, trazendo-as para a nossa base de clientes da companhia. Isso significa dignidade e acesso ao saneamento de qualidade, além da redução de doenças e outras consequências negativas da falta de acesso ao saneamento.

Itaúsa

A Itaúsa é uma das acionistas da Aegea e de outras grandes empresas do país, como Itaú, CCR e Alpargatas.