Os investimentos no desenvolvimento social e a mudança na mentalidade das empresas foram alguns dos assuntos discutidos no painel “Redefinindo o papel das empresas”, do terceiro dia do evento Exame ESG Summit 2022 – Empresas e Negócios Responsáveis, promovido pela Revista Exame.  A dinâmica contou com a participação de Édison Carlos, Presidente do Instituto Aegea, entre os participantes.

Como empresa líder do setor de saneamento, a Aegea tem por natureza o ESG atrelado ao seu negócio e desde 2010 vem criando um legado de desenvolvimento social, ambiental e de governança. Para Édison Carlos, o relacionamento com as comunidades é uma das principais responsabilidades da companhia, que tem como um de seus pilares a Licença Social para Operar (LSO) – modelo de operação da Aegea que busca a permissão da sociedade de cada região onde está presente, para atuar a partir da confiança da população por todo o tempo do contrato. “Atender às pessoas de um bairro mais afastado é um desafio inerente ao nosso negócio e estamos mais do que preparados para fazer esses investimentos”, disse o presidente do Instituto Aegea.

Entre os exemplos de atuação da Aegea em conjunto com as comunidades estão as mudanças realizadas na gestão do saneamento na concessão do Rio de Janeiro, por meio de sua concessão local, a Águas do Rio, com a prioridade para a contratação de mão de obra local, principalmente de pessoas que moram em comunidades. Dos 6 mil funcionários que atuam na concessionária, 3.500 vivem nessas regiões e desenvolvem funções em diversos setores como operacional, comercial e administrativo.

Outro compromisso da companhia é de levar o benefício da Tarifa Social para além do que está previsto nos contratos. Em Manaus, por exemplo, por meio da concessionária Águas de Manaus, até o final do ano mais 100 mil famílias serão contempladas com o benefício, gerando um alcance total de 400 mil pessoas. “As pessoas querem pagar as suas contas, querem ter a sua atividade produtiva, elas não querem assistencialismo”, disse.

Perguntado sobre os impactos da água e esgoto tratado em áreas que não contavam com este serviço, Edison Carlos destacou o saneamento como agente renovador do estilo de vida. Para o executivo, muitas vezes as pessoas não conseguem fazer a conexão da chegada do saneamento à melhoria na saúde, educação, turismo e no desempenho profissional e escolar. “Na Aegea trabalhamos muito o IDH [Índice de Desenvolvimento Humano], com ações que melhoram a saúde, a educação e que potencializam a renda, como o crescimento de pequenos negócios”.

“Por décadas o saneamento foi negligenciado no Brasil. Muito tempo se perdeu em identificar quem era responsável pelo setor, e se descobriu que este é um desafio que precisa de todos: da população, do setor público e do setor privado. O desafio é muito grande e a gente precisa estar empenhado para garantir o acesso a todos os brasileiros”, completou.

O Exame Summit ESG de 2022 reuniu grandes lideranças para discutir os próximos rumos do ESG no Brasil e no mundo. O debate, promovido pela Revista Exame, está disponível no Youtube e contou com participações de Ana Maria Diniz (conselheira Instituto Península), Carla Crippa (Vice-presidente de Impacto Positivo e Relações Corporativas da Ambev), Celso Athayde (CEO favela Holding) e moderação de Rodrigo Caetano, Editor de ESG da Exame.