As iniciativas na agenda ESG da Aegea Saneamento, como a emissão de títulos sustentáveis que trouxe metas pioneiras ao setor, foram destaque no Fórum Saneamento 2022, organizado pela Híria e LMDM. O evento ocorreu na sede da B3, em São Paulo, e reuniu as principais lideranças dos setores público e privado envolvidas com investimentos e projetos relacionados ao saneamento para debater sobre desafios e fatores de sucesso no setor.

O destaque do primeiro dia de evento foi a apresentação especial de Edison Carlos, presidente do Instituto Aegea, no painel “Ganhos Concretos do ESG para o Avanço do Saneamento”. Para o executivo, a categoria é essencialmente incorporada aos pilares ESG, com ganhos à saúde, educação, renda para a população vulnerável, turismo, entre outros. “O saneamento e suas externalidades têm o potencial de fazer com que a empresa, a cidade e o país, avancem em vários dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS). Alguns objetivos só vão se cumprir se a gente conseguir fazer o saneamento avançar”, comentou.

Entre os exemplos das contribuições ocorridas com a chegada do serviço de saneamento da Aegea, está a queda do número de doenças causadas por transmissão hídrica em Teresina (PI), por meio da concessão Águas de Teresina, com a redução de 68,7% (de 419 para 131 ao longo de quatro anos) das internações decorrentes de diarreia na cidade, segundo dados da Fundação Municipal da Saúde (FMS). Os ganhos também são socioeconômicos, como no Rio de Janeiro, onde em seis meses de atuação da Águas do Rio foi possível gerar mais de 6 mil empregos diretos pela companhia, sendo grande parcela dos contratados representada por jovens moradores das comunidades locais. Outro exemplo é a ampliação da Tarifa Social para além da obrigatoriedade prevista em contrato em Manaus (AM), onde mais de 100 mil famílias já foram beneficiadas.

Também foi abordado no evento o processo de emissão dos sustainability-linked bonds (SLB) pela Aegea, por meio do comprometimento com três metas socioambientais e de governança que devem ser alcançadas até 2030: Consumo de energia: redução do consumo de energia em 15%, medido em kWh/metro cúbico; Mulheres na Liderança: Aumento de 32% para 45% de mulheres em posições de liderança; Negros na Liderança: de 17% para 27% de negros ocupando posições de liderança. Segundo o presidente do Instituto Aegea, esta emissão é resultado das ações estruturantes que já fazem parte do foco estratégico e do modelo operacional da companhia. “O tema ESG chegou ao mercado como uma obrigação, mas, na Aegea, está ligado à essência do nosso trabalho e sempre representou uma grande oportunidade de impactar positivamente a sociedade”, completou Edison Carlos.

Desafios do setor de saneamento para 2022

Também representando a companhia, que é líder em saneamento privado no Brasil, esteve presente no Fórum, Rogério Tavares, vice-presidente de Relações Institucionais da Aegea, que participou de um bate-papo sobre a visão e os aprendizados dos players que assessoram e ganharam os principais leilões de 2020 e 2021. O executivo comentou sobre a importância do desenvolvimento do setor para o avanço do saneamento nas casas brasileiras e para a melhoria da qualidade dos serviços prestados como um todo. “Investimento em saneamento é também investimento em vidas”, enfatizou.

No debate ainda foram abordados assuntos como o amadurecimento da legislação, o mérito da atuação das agências reguladoras para o cumprimento de metas de universalização e o reconhecimento mundial do mercado de saneamento no Brasil pós marco regulatório. A Aegea Saneamento apoia o diálogo entre diferentes representantes do setor e acredita que o trabalho em conjunto pode resultar em ações que impactam na melhoria da qualidade de vida dos brasileiros. O Fórum Saneamento 2022 foi realizado nos dias 7 e 8 de junho, em formato híbrido, e contou com o patrocínio da Aegea.